Nestlé ameaça restringir direitos do Acordo Coletivo
Os Sindicatos de Trabalhadores da Alimentação do Estado de São Paulo tiveram nesta quarta (6) a primeira reunião com a Nestlé, acerca da renovação do Acordo Coletivo de Trabalho 2024-2025. O resultado foi ruim – a empresa ameaçou restringir direitos como o desconto na compra de medicamentos e material escolar, além da estabilidade próximo à aposentadoria.
“A Nestlé também não fez contraproposta para a pauta de reajuste salarial pretendida pelos trabalhadores. Alegou a necessidade de aguardar a divulgação pelo governo do índice inflacionário do período”, apontou o presidente do Stial (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região) Artur Bueno Júnior.
A data-base da categoria é novembro, quando expira a vigência do Acordo atual (31/10). A postura da empresa indignou todos os representantes dos sindicatos. “Não podemos aceitar retrocesso em nosso Acordo Coletivo. Queremos discutir com a Nestlé um reajuste salarial que contemple aumento real, e MELHORIA nas cláusulas econômicas e sociais”, protestou Artur Bueno Júnior.
Uma nova reunião com a empresa acontece na segunda-feira (11)
MUDANÇAS
De acordo com a proposta apresentada pela Nestlé, a ajuda para compra de medicamentos seria restrita aos remédios genéricos. “Um absurdo, pois a prescrição do medicamento é uma decisão do profissional de saúde”, apontou o presidente do Stial.
E não para por aí – no caso dos materiais escolares dos filhos dos trabalhadores e trabalhadoras, a empresa pretende limitar o valor dos gastos para reembolso. “A empresa ataca benefícios importantes, conquistados com muita luta, e que podem ser considerados patrimônios do nosso Acordo Coletivo”, finalizou Artur Bueno Júnior.