Trabalhadores da Ajinomoto rejeitam proposta de reajuste abaixo da inflação
Trabalhadores da unidade de Limeira-SP da Ajinomoto rejeitaram, nesta segunda-feira (26), uma proposta da empresa que propunha reajuste salarial inferior à inflação do período. Eles afirmam que, se a proposta não melhorar, podem paralisar a produção.
“O reajuste oferecido era de 4%, contra inflação acumulada de 5,32% (INPC) nos últimos 12 meses. Isto representa perda de poder de compra para os trabalhadores”, afirmou o presidente do STIAL (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região), Artur Bueno Júnior.

A rejeição foi formalizada durante assembleia realizada pelo Sindicato na portaria da empresa, e que contou com o apoio da FETIASP (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de São Paulo) e da CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins). Além disso, teve participação dos Sindicatos da Alimentação de Barretos, Campinas, Capivari, Maracaí, Piracicaba e Presidente Prudente
ATAQUE AOS DIREITOS
Além do reajuste salarial abaixo da inflação, a proposta da Ajinomoto buscava reduzir o adicional noturno na empresa de 35% para 20%, e o adicional de horas-extras de 70% para 50%. Uma nova reunião de negociação acontece nesta terça-feira (27), sendo que a data-base da categoria é em maio.

“O STIAL espera que a empresa apresente uma proposta de valorização dos trabalhadores. Queremos o diálogo, mas a paralisação será um recurso utilizado no caso de intransigência”, emendou o presidente do STIAL.
A pauta de reivindicações da categoria inclui aumento real de salário, redução da jornada de trabalho, além da manutenção e ampliação de direitos.





