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Trabalhadores da Usina Iracema aprovam proposta com aumento real de salário

Os trabalhadores da Usina Iracema (Grupo São Martinho), de Iracemápolis-SP, aprovaram nesta semana a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho, com resultados obtidos através de negociação e  muita mobilização. Eles receberão um reajuste de 4,23% (retroativo a maio), o que representa ganho salarial de 1% acima da inflação.

A aprovação ocorreu durante assembleias realizadas pelo Stial (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região) nesta terça (2) e quarta-feira (3) na porta da fábrica. A proposta ganhou aceitação maciça dos empregados – 93%.

“Como usual, o processo teve votação secreta, o que garante a lisura e a liberdade de escolha para cada trabalhador. Graças à confiança no Sindicato e mobilização, a empresa avançou na proposta e chegou a um resultado que atende a categoria”, apontou o presidente do Stial, Artur Bueno Júnior.

Além do ganho real de salário, um índice considerado satisfatório foi o reajuste do Cartão-Alimentação, que teve alta de 5% e foi a R$ 495, 76.

Os pisos salariais também observaram reajuste de 5%, indo a 1.689,60 para os trabalhadores do setor industrial da Usina, e R$ 1.628,00 para o setor agrícola até junho – a partir deste mês, o valor sobe a R$ 1.641,20, numa alta de 5,8%. “O aumento do piso é prioridade, pois empurra todos os valores para cima”, analisou Artur Bueno Júnior.

DIREITOS  MANTIDOS

As cláusulas sociais foram todas mantidas, trazendo itens importantes como a Hora-Extra de 55% a 75% (contra 50% da Legislação Trabalhista) e o Adicional Noturno de 30% (a Legislação obriga 20%). Da mesma forma, foi mantido o Auxílio do Leite em Pó para crianças de 1 a 3 anos de idade, o Auxílio-Material Escolar para crianças da 1ª à 8ª série, e o Auxílio-Funeral de 8 salários.

“Além disso, mantivemos o Convênio-Farmácia que cobre 60% dos custos de remédios, e o Convênio Odontológico que paga 50% dos gastos com tratamentos. Outro item impede a demissão de trabalhadores que estejam num prazo de até um ano para se aposentar”, complementou o presidente do Stial.

Os empregados também foram convocados a opinar sobre o Plano de Saúde Hapvida. “Temos recebido algumas queixas e vamos analisar as manifestações para tomar providências”, finalizou Artur Bueno Júnior.

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